O “Boicote”

 



Boicote às Havaianas revela fragilidade estratégica do bolsonarismo, analisa José Geraldo de Sousa Jr.


Para o professor da UnB, tentativas de cancelamento contra marcas famosas costumam gerar o "efeito reverso", transformando o ataque em propaganda gratuita e despertando o desejo de consumo no público.

Destaques da análise:

• O Efeito Bumerangue: José Geraldo compara o caso a boicotes históricos contra Coca-Cola e McDonald’s. Segundo ele, o movimento ativa gatilhos psicológicos que aumentam a visibilidade do produto, atingindo até quem não compreende a motivação política da ação.

• Coesão pelo Conflito: Após derrotas políticas e jurídicas, o bolsonarismo utiliza esses ataques para manter a base mobilizada. "É uma tentativa de criar coesão interna através do afeto e do ódio, mesmo que desconectada da realidade", afirma o professor.

• Inimigos Imaginários: A reação à campanha com Fernanda Torres é vista como uma simplificação grosseira do debate. Para Geraldo, ao rotular marcas e instituições como "comunistas", o movimento usa uma linguagem emocional — o "toque do berrante" — para guiar uma base que opera sob lógica pouco reflexiva.


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