Nunca te julgues inútil, Deus te fez sem cópia…

 


Era uma vez, em uma pequena cidade da Índia, vivia um servo com seu mestre. O patrão era um homem generoso, e graças a ele, o servo podia ser um homem culto e estudar ciências, o que era incomum entre sua espécie.


Um dos deveres diários do servo era buscar água em um poço distante. Ele era muito dedicado e entusiasmado e fazia essa jornada todos os dias. Ele usou um dispositivo especial para transportar água: dois jarros amarrados às duas extremidades de um poste. Um dos jarros era muito bonito, em perfeito estado, enquanto o outro era usado e cheio de rachaduras. Portanto, quando o servo voltou do poço, restava uma e meia das duas jarras de água.


O servo nunca reclamou disso, e seu mestre nunca comentou. Ambos ficaram satisfeitos.


O jarro intacto estava muito orgulhoso de si mesmo e nunca perdeu a oportunidade de se gabar ou criticar o jarro rachado: “Olhe para você! Você não pode segurar toda a água até que a empregada chegue em casa. Você é completamente inútil. Eu posso segurar quase o dobro de água. Até o Senhor me ama mais.”


Essas palavras causaram grande dor ao jarro rachado. Foi triste. No entanto, o sábio servo não disse nada e continuou a carregar a água do poço com os dois jarros. Ele não reclamou com seu mestre, nem respondeu às palavras do jarro saudável.


No entanto, o jarro intacto não parou de zombar do jarro rachado. Foi assim durante dois anos. O jarro rachado suportou as provocações e serviu seu mestre fielmente da melhor maneira possível.


Um dia, porém, ela não aguentou mais e começou a chorar no caminho para casa: “Tenho muita vergonha de mim mesma. Tenho muita vergonha de não poder cumprir minha missão, de não poder realmente ajudar. Lamento muito que seu mestre fique bravo com você porque posso levar menos água para casa.”


A empregada sorriu e respondeu: “Você não notou algo interessante? Ainda não lhe ocorreu que quando vamos para casa com a água, eu sempre levo você no meu ombro esquerdo?”


O jarro enxugou as lágrimas e pensou. De fato, o criado sempre levava o jarro rachado no ombro esquerdo a caminho de casa. “Sim, você realmente faz isso toda vez. Mas por que?” perguntou o jovem servo.


“Basta olhar para a estrada à nossa esquerda”, sorriu o criado.


Ele então olhou ao redor. O lado esquerdo da estrada do poço até a casa estava esplêndido em cores maravilhosas. O jarro rachado não podia acreditar em seus olhos.


“É tudo graças a você. Carrego você no ombro esquerdo para que possa regar as flores que plantei aqui anos atrás. Eu também trago algumas dessas flores para o meu dono e o faço feliz. Você fez muito bem para mim e para todos nós. É por isso que devemos sempre estar orgulhosos de nós mesmos.” disse o servo.

Fonte UFPR.


https://docs.ufpr.br/~monica.anjos/reflexoes/o_pote_rachado.pdf


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