Coronel não morre
Para garantir a eleição dos seus candidatos “o processo é muito simples”, disse o próprio coronel, resumindo as estratégias de coação, fraude e favor: “Eu e mais alguns amigos damos transporte aos eleitores. Mando um boi para cada seção eleitoral e às vezes mando cachaça para depois das eleições. Não admito fiscal de nenhum partido. Eleição em Limoeiro tem que ser feita por mim. Sempre fiz e nunca me dei mal”¹. Os prefeitos de Limoeiro eram sempre os que Chico Heráclio queria que fossem e ele dizia: "melhor do que ser prefeito é mandar no prefeito". Como ocorria com os outros chefes políticos municipais, o pacto implícito era que o governador garantia ampla autonomia ao coronel em seu reduto; em troca, esse assegurava os votos para o governador eleger seus candidatos. São famosas algumas de suas histórias. Naquela época, o voto era dado por meio de uma cédula com o nome do candidato que o eleitor depositava na urna. (A cédula única, com os nomes de todos os candidatos, v...
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